Eu me chamo Danúbia, tenho 49 anos, casada, 4 filhos, Confeiteira por amor e paixão.
Nunca pensei e nem imaginei um dia em minha vida que eu fosse trabalhar nesta área! Trabalhei na área de contabilidade e tinha vontade de cursar faculdade de Contabilidade. Depois que me casei parei de trabalhar e passei a cuidar da família, e dos afazeres domésticos por questão de necessidade! Veio a segunda gestação, a terceira e a quarta. Foram 20 anos cuidando da casa, filhos e esposo, muitas vezes esquecendo de mim mesma! Sempre gostei de celebrar o dom da vida dos meus filhos e muitas vezes não tínhamos condições de pagar alguém pra fazer então eu mesma fazia o bolo.
De repente a vida começou a ficar sem sentido pra mim e eu me descobrir depressiva, muita tristeza que vinha do mais profundo de mim mesma. Tive o meu primeiro contato com um curso profissionalizante através de uma amiga muito especial (Júlia Pires), e fui apenas para satisfazer o desejo dela. Cheguei no local do curso me sentindo um peixe fora d’água. Deu-se início ao curso e prestando bastante atenção, achei tudo muito interessante.
Confesso que não houve uma mudança logo de primeira no que eu sentia, porém houve uma diferença: eu fiquei curiosa pra aprender como fazia um bolo gostoso. Pouco tempo depois Julinha me convidou pra irmos juntas a um novo curso de confeitaria, e daí em diante eu já comecei a ir por conta própria. Fui me sentindo cada vez mais atraída por aquela forma de trabalhar e de transformar açúcar em arte, uma arte que me fascinava! Fui vivendo da forma que podia!
Confesso que lutei e resisti muito! Quanto mais eu me diminuía me sentindo incapaz mais as pessoas gostavam do meu trabalho. Quando estou com a mão na massa consigo esquecer todos os meus problemas a fora. Aprendi nesses 5 anos de trabalho que a vida é como uma espera por um bolo. Cada etapa tem seu tempo próprio, tempo de espera.
Recentemente fiz minha primeira dolman e quando me vi vestida eu assumi que eu posso! Que eu sou capaz! Que foi Deus que me capacitou!
Me sinto realizada na confeitaria e em quanto a depressão e a ansiedade aprendi com muita dor a me controlar. Faço tratamento até hoje e estou muito bem graças a Deus. Por amor a confeitaria eu reconheci que precisava de ajuda e busquei auxílio profissional.
Hoje tenho meu ateliê, que com a ajuda de meu esposo e meus esforços conseguimos montar em casa mesmo. Trabalho todos os dias da semana e só tenho a agradecer a Deus pela Sua generosidade comigo e a Julinha minha amiga que um dia me incentivou.
Sou mulher, mãe, esposa, Confeiteira, empreendedora retada que ama o que faz.